revolta camponesa 1381
Desde Eduardo II, que a população de camponeses foi massivamente treinada no manuseamento do arco longo e da besta, possuindo assim os meios necessários para executar ações militares.1
Também conhecida como Rebelião de Tyler, teve lugar durante a Guerra dos Cem Anos e não foi apenas a insurreição mais amplamente difundida e radical da história inglesa, como também a mais bem documentada rebelião popular da Idade Média. Os nomes dos seus principais líderes - John Ball, Wat Tyler e Jack Straw - ainda são lembrados embora pouco se saiba sobre eles.
A revolta foi despoletada em parte devido à introdução de um imposto pago por cabeça (poll tax) de um xelim por adulto, introduzido em 1377 como forma de financiar as campanhas militares no continente - uma continuação da Guerra dos cem anos, travada por Eduardo III.
Paralelamente aos aspectos materiais em disputa, existia uma questão ideológica e religiosa: alguns pregadores lollardos estavam ligados à revolta.
O neto de Eduardo, Ricardo II, estava agora no trono, e sua presumida atuação tornou a revolta dos camponeses ainda mais memorável. O imposto era a última gota para os camponeses, que tinham sua remuneração fixa depois de muitos anos e eram proibidos de procurar trabalho noutros sítios, conforme a antiga lei senhorial de servidão. A peste negra tinha reduzido a força de trabalho e, num mercado livre, a remuneração do trabalho teria aumentado.
Em Junho de 1381, um grupo de pessoas comuns dos condados orientais ingleses marcharam em direcção a Londres. O mais estrondoso dos seus líderes era Walter ou "Wat" Tyler, líder do grupo oriundo de Kent. Quando os rebeldes chegaram a Blackheath, a 12 de Junho, o padre renegado lollardo John