REVISTA FRANCESA ALERTA CONTRA A COPA

REVISTA FRANCESA ALERTA CONTRA A COPA Com previsão de R$41 bilhões de investimentos públicos, recorde mundial no ramo, e obras em atraso a menos de 90 dias para início do certame, cuja conclusão está sendo considerada "um grande desafio" pelo secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, que há dois anos declarou no país que "o Brasil precisa de um chute no traseiro", o fato é que a Copa do Mundo já não é mais unanimidade nacional nem mesmo entre o povo brasileiro que tem a pátria de chuteiras. Os gastos com a Copa acontecem num momento em que a população reclama publicamente de serviços de qualidade que justifiquem o país ser recordista mundial na cobrança de impostos e a contrapartida ser a pior do mundo, aliada à cultura crônica da corrupção da classe política. Pela lógica e com realismo, o Brasil não poderia mesmo bancar agora uma Copa do Mundo e se vai fazê-lo isso se deve totalmente à demagogia do governo federal, que aliou o acontecimento esportivo ao ano eleitoral para dar visibilidade a um desenvolvimento ridículo que na verdade servirá apenas para nos envergonhar ainda mais no espelho das nações. Não temos, para sermos honestos, motivos para nos fazermos legítimos ante os povos da Terra. A revista francesa "France Football", conforme se lê na internet, com circulação em vários países, se encarregou de fazer em 12 páginas um retrato do Brasil atual, alertando turistas contra o país em razão dos muitos problemas crônicos aqui, que não serão resolvidos nem depois da Copa. Segundo a France Football, a corrupção no Brasil é endêmica e tudo se resolve à base de propinas. Hoje, tudo que acontece de errado no Brasil, a culpa é da FIFA, como antes era dos Estados Unidos, como já foi de Portugal, mas o brasileiro, esse não tem culpa de nada. Aqui, diz a revista com razão, o brasileiro dá mais importância ao futebol do que à política: o deputado mais votado do Brasil é um palhaço analfabeto e banguela cujo bordão é "com Tiririca, pior não fica". A carga tributária