Retrovirus
Ed. #34
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Editorial
O HTLV pertence à mesma família dos retrovírus do HIV. Ele infecta os linfócitos T e pode causar uma série de doenças, sendo a principal delas a leucemia das células T, que é normalmente fatal. Também pode causar uma síndrome de desmilienização conhecida como paraparesia espástica tropical (PET) ou mielopatia associada ao HTLV-I. As infecções por HTLV-I e HTLV-II são diagnosticadas sorologicamente.
HTLV
Os retrovírus, cujo material genético é composto de RNA, foram os primeiros vírus descritos a infectar mamíferos. Sua relação com algumas doenças em humanos permaneceu obscura até 1980, quando um novo retrovírus, chamado vírus T-linfotrópico humano tipo 1 (human
T-lymphotrophic viruses 1 - HTLV-I) foi identificado em um paciente com linfoma cutâneo. Na época, alguns estudos concluíram que a maioria dos pacientes adultos portadores de leucemia, ou linfoma, tinha sido exposta ao HTLV-I. Pensou-se, então, que esse novo retrovírus, além de estar associado a leucemias e linfomas, poderia também ser a causa de uma nova doença, a Aids.
inter-relação, fez com que alguns epidemiologistas concluíssem que este vírus está infectando seres humanos há muito mais tempo que o HIV.
A Leucemia de Linfócitos T do Adulto (LLTA) foi reconhecida como uma entidade clínica no Japão, em 1977. Atualmente é a forma mais comum de leucemia no sudoeste do Japão, onde são diagnosticados 700 casos novos a cada ano. Embora quase 100% dos casos sejam HTLV-I positivos, foi calculado que, em regiões endêmicas, a doença se desenvolve em apenas 2% a 4% dos indivíduos infectados com HTLV-I, após um período de latência que pode durar de 10 a 60 anos.
Figura 2: Prevalência do HTLV-I.
Figura 1: Desenho esquemático do HTLV-I.
Fonte: http://plaza.ufl.edu/roxanna/htlv-1.
Fonte: Upstate Medical University (www.upstate.edu/microb).
Após a identificação do HIV, em 1983, e depois de