Reticulo endoplamatico liso
O Retículo Endoplasmático foi visualizado pela primeira vez, em 1945, pelo biólogo belga Albert Claude, através do microscópio eletrônico e de novos exames foi possível descobrir a estrutura membranosa que forma uma complexa rede de canais interligados e seus componentes. É uma organela encontrada apenas em células eucarionte e foi formada a partir da invaginação da membrana plasmática, sendo considerada uma rede de distribuição, levando material de que a célula necessita.
Na mesma época, reconheceu a existência de uma variedade de retículo endoplasmático desprovido de ribossomos, muitas vezes em continuidade com o anterior, constituído por formações membranosas tubulares ramificadas e anastomosadas, que recebeu o nome de retículo endoplasmático liso (ou agranular), revestido de características especiais, que será a organela estudada neste trabalho.
2 RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO OU AGRANULAR
2.1 Morfologia e Estrutura
O retículo endoplasmático liso possui uma estrutura diferente do rugoso, que não é constituído por cisternas planas mais ou menos paralelas como as do RER, mas sim por um sistema de labiríntico de túbulos irregulares, ramificados e anastomosados, sem a presença de ribossomas.
O grau de desenvolvimento desta organela é muito variável e em alguns tipos celulares especializados pode superar o RER.
O fato de estas membranas serem desprovidas de ribossomas fez pensar que sua função não estaria diretamente relacionada com a síntese protéica. Ao mesmo tempo, o notável desenvolvimento do REL em células adiposas e sebáceas sugeriu uma possível relação com o metabolismo lipídico; sua presença constante, em grandes quantidades, no citoplasma de células endócrinas sintetizadoras de esteróides – como as do ovário, da suprarenal e do testículo – foi relacionada à síntese destes compostos; a observação do aumento do REL nos hepatócitos nos quais o desenvolvimento do sistema oxidásico de função mista foi induzido sugeriu que estas