Retenção de placenta
A retenção de placenta é a falha na expulsão das membranas fetais, ocorrendo durante o terceiro estágio do trabalho de parto. É uma complicação comum em ruminantes, principalmente em vacas. As membranas fetais devem ser expulsas em menos de oito horas após um parto natural, portanto, considera-se anormal uma expulsão que ultrapasse oito a doze horas (REBHUN, 2000; HAFEZ, 2004).
A retenção de placenta na égua é definida como uma falha na expulsão de partes ou da totalidade das membranas fetais em trinta minutos a três horas após o parto do potro (PRESTES& ALVARENGA, 2006).
A retenção placentária ocorre primeiramente devido à inércia uterina ou a inflamação da placenta, que irá ocasionar falha no deslocamento das vilosidades fetais. Fato esse devido a alguns fatores como: estresse, falhas de manejo, doenças bacterianas, doenças metabólicas, deficiência de vitaminas e minerais, distensão excessiva do útero, intoxicações, distúrbios hormonais, hereditariedade e sexo do feto. Contudo, comumente a retenção de placenta pode ocorrer devido a partos gemelares, fetotomia, distocias, abortamentos e nascimentos prematuros. (HAFEZ, 2004; PELIGRINO, 2008).
PUERPÉRIO FISIOLÓGICO
O período pós-parto também conhecido como puerpério, caracteriza-se como a fase que se inicia com o nascimento do neonato até o período em que o organismo materno se recupera das transformações decorrentes da gestação, permitindo que a fêmea esteja apta para nova prenhez (HAFEZ, 2004).
O puerpério é dividido em duas fases: sendo a primeira correspondente a liberação das secundinas fetais, denominada delivramento. Já na segunda fase ocorre a involução uterina e preparação do útero para uma nova gestação (PRESTES& ALVARENGA, 2006).
BOVINOS
Na espécie bovina a expulsão da placenta fisiologicamente ocorre de trinta minutos a oito horas após o parto, a sua não expulsão após doze horas é considerada patológica. A separação da carúncula e do cotilédone inicia-se nos