Resíduos da construção civil – um estudo de caso de uma obra residencial unifamiliar na cidade de montes claros - mg
Os resíduos gerados em ambientes urbanos brasileiros atingem contornos relevantes, pela ausência de soluções adequadas quer para os efluentes líquidos ou resíduos sólidos. Fato corriqueiro em países em desenvolvimento, mas que não justifica nem ameniza o problema. (PINTO, 1999). Assim, conforme Teixeira (2010), quanto mais as cidades crescem, maior é a produção de resíduos, que pode chegar a um volume maior do que os resíduos domésticos, o que leva o autor a concluir que a geração de entulho é diretamente proporcional ao crescimento e ao desenvolvimento econômico de uma sociedade. Tais resíduos provem principalmente da construção civil ( RCD resíduos de construção e demolição), são responsáveis por uma representativa porcentagem de resíduos sólidos gerados em áreas urbanas (RAMOS, 2007). O desperdício de materiais durante o processo construtivo corrobora para aumento do volume desses resíduos, a construção desperdiça, em média, 56% do cimento, 44% da areia, 30% do gesso, 27% dos condutores, 15% dos tubos de PVC e eletrodutos assim como grande desperdício de energia e água. (GEHLEN, 2008). Não obstante o descarte inadequado ou mesmo o gerenciamento inadequado desses resíduos, podem acarretar vários problemas como deterioração do meio ambiente urbano, obstrução do sistema de drenagem, a poluição de mananciais, córregos, rios, dificuldade de movimentação de pessoas e veículos, entre outros. (RAMOS, 2007). Neste contexto, a reciclagem de resíduos pela indústria da construção civil brasileira começa e surgir timidamente, se comparado a países de primeiro mundo, mas se consolidando como uma prática importante para a sustentabilidade, diminuindo o impacto ambiental gerado pelo setor e reduzindo os custos. As indústrias de cimento e de aço são possíveis exceções já que a pratica de reciclagem é intensa. (ÂNGULO et al . 2005). A cidade de Montes Claros - MG, como o todo o pais em pleno desenvolvimento, vem