RESUMO
Tendo como objetivo analisar a importância da moeda, do crédito e das políticas monetárias na economia, no Primeiro Capítulo deste trabalho, procura-se compreender a dinâmica econômica e o papel da moeda, à luz das teorias de Marx, Keynes e da Teoria Quantitativa da Moeda (TQM), ressaltando-se a principal diferença entre elas que é a questão da neutralidade da moeda, questão que reforça a diferença entre heterodoxia e ortodoxia. No segundo capítulo apresenta-se o sistema monetário, expondo-se a estrutura do sistema financeiro nacional e seus subsistemas normativo e o de intermediação financeira e os instrumentos de atuação do governo no que diz respeito ao controle da liquidez. Além disso, no terceiro capítulo apresenta-se a realidade brasileira expondo-se uma analise sobre os agregados monetários e algumas características das operações de crédito da nossa economia.
A MOEDA A moeda, no sistema econômico capitalista, responde a uma necessidade social derivada do processo de divisão do trabalho. De acordo com Carvalho et al (2007), o sistema de trocas diretas somente seria eficaz em sociedades com economias primitivas, nas quais os indivíduos fossem auto-suficientes, ou seja, nas quais o processo de divisão do trabalho praticamente não existisse, como em economias de escambo. De acordo com Paulani (2001): A depender apenas do escambo, a existência de uma economia inteiramente estruturada pelas trocas seria impossível. O que viabiliza tal tipo de organização econômica é a existência de uma unidade de troca comum e de aceitação geral denominada moeda. Tal elemento elimina a necessidade da coincidência de desejos, permitindo a dissociação das trocas em duas operações: a venda e a compra de mercadorias. Por outro lado, numa economia monetária, em que há grande divisão do trabalho, a troca com intermediação monetária, ao separar as transações em compra e venda, gera um sistema de trocas indiretas, conforme observado por Paulani (2001). E essa intermediação de