resumo

VOLUMENTRIA E PLASTICA DO SÉCULO XVI
No século XVI desenvolve a aspiração cêntrica do século XV, facilmente perceptível em todos os ângulos visuais, o século XV exprime esses ideais em forma reencarnada, de uma plasticidade apenas latente em Brunelleschi, é mais concreta em Alberti, e triunfa nas múltiplas variações temáticas do espaço assimétrico. Se o gótico havia marcado a vontade do espaço contínuo e infinito, a primeira Renascença não chegou a fechar o espaço, mas o ordenou segundo uma métrica racional que o tornava definível e mensurável.
A arquitetura do século XVI concretiza-se numa renovação das concepções espaciais, num novo sentido da volumetria, do equilíbrio estático e formal, reforçada por um gosto que prefere a uma linha e a um plano cromático. Se uma torre gótica impede a vista para o auto, para a agulha, se a basílica cristã dá o tempo da caminhada do homem, se o palácio e o pátio do século XV indicam um itinerário visual circular, no século XVI todas as forças dinâmicas se acalmam definitivamente. Com o desaparecimento das diretrizes lineares, triunfam o volume e a plástica, constitui uma zona de contato dialético entre cheios e vazios, entre edifício e céu.
No Palazzo Farnese, a grande cornija de Michelangelo indica um designo de peso, a separação do espaço exterior e interior. Michelangelo não inicia o período barroco, ele concretiza o drama da segunda metade do século XVI, no entanto abriu caminho para o espaço barroco.
O barroco é a libertação espacial da geometria elementar e da estaticidade, é a libertação da simetria e da antítese entre espaços interior e exterior, o barroco assume um significado psicológico que transcende o da arquitetura dos séculos XVII e XVIII, para significar um estado de espírito de liberdade. O barroco não se limita a comentar com novo gosto esquemas antigos, mas cria uma nova concepção espacial, precisamente quando é maior, a arquitetura barroca significa aceitar o gosto, mas principalmente entender o espaço.