resumo
O filme que Fernando Meirelles apresenta ao público em sua versão do best-seller de José Saramago, “Ensaio Sobre a Cegueira”, relata a história de uma que entra em colapso quando ocorre um cadeia sucessiva de cegueira, que se alastra rapidamente como uma epidemia altamente contagiosa que não possui uma explicação, nem de onde vem, porque contagia ou que tipo de enfermidade se trata. Diante disso, o governo decide colocar todos os infectados em quarentena em um antigo hospício, mais parecido com um campo de concentração, sendo os cegos abandonados à própria sorte. Além disso, havia uma limitação da matéria necessária para a alimento e as forças armadas ficavam vigiando o perímetro para que ninguém pudesse sair. No decorrer da trama, a epidemia não consegue ser diminuída com as práticas que foram tomadas pelo governo e de uma forma rápida o mundo todo fica num estado de cegueira total. Entretanto, somente a esposa do médico possui o sentido da visão e presencia e vislumbra os sentimentos que se desenvolvem no decorrer da trama. Através dos seus olhos, nós, meros espectadores, conseguimos absorver uma característica bastante marcante no filme, na qual o homem, quando colocado em uma situação de escassez e necessidade, acaba se tornando um ser primitivo, violento, ganancioso e enganador. A luta por alimentos faz com que ocorram guerras entre os grupos, que se formaram dentro do antigo hospício, pela comida, pelo domínio de poder e por atitudes que são absolutamente proibidas em uma sociedade, como os estupros, violência sexual e atos de extrema violência. Ao mesmo tempo em que vemos o colapso da civilização, um grupo de internos tenta reencontrar a humanidade perdida. O brilho branco da cegueira ilumina as percepções das personagens principais, e a história torna-se não só um registro da sobrevivência física das multidões cegas, mas, também, dos seus mundos emocionais e da dignidade que tentam manter. Mais