Resumo
Logo de cara somos apresentados ao personagem principal, vivido por Denzel Washington, um andarilho solitário com grandes habilidades de luta e sobrevivência. Seu antagonista (vivido por Gary Oldman) é o “prefeito” de uma cidade – ou do que restou de uma – e está à procura de livros, qualquer livro. Descobrimos e percebemos sem mistérios que está em busca de algo especial e que nosso mocinho o tem em mãos, lê todos os dias a quase 30 anos e o quer levar para o Oeste – sonhando encontrar um lugar para entregar O Livro.
Enfim: o tal livro é a Bíblia, um último exemplar sobrevivente. Tê-la pode garantir poder, por sua capacidade de mobilizar e resgatar o que faltava na humanidade naquele momento: Fé. Alguns poderão assistir e entender isso apenas como uma “mensagem religiosa subliminar” para querer convencer-nos de que a Bíblia é o livro da salvação da humanidade. Mas no filme, pude perceber algo mais: a tal última bíblia, é apenas um símbolo do conhecimento humano que foi perdido com o evento apocalíptico.
O fim da humanidade está mais ligado ao fim da produção de conhecimento e sua propagação, do que a guerras e catástrofes. Resgatar o conhecimento e a história da humanidade é dar rumos e apresentar possibilidades que foram perdidas e reconstruir o mundo. Fica a dia para um filme que não passará de diversão, mas que nos ajuda a pensar um pouco no valor do conhecimento que ninguém nem nada pode nos tirar.
“O Livro de Eli” trata de um assunto comum a todos, mesmo que se passe num futuro distante de tudo que vivemos. Terra arrasada, humanos desprezíveis e interesses