Resumo
O indivíduo e a sociedade: Política não é coisa de idiota
Há um paradoxo hoje em dia sobre política, porque nunca antes na história houve tanta liberdade política como agora. Temos liberdade política, religiosa, pessoal, por isso, podemos nos expressar, votar e ter a orientação sexual que nos agrada. Com tudo mesmo vivendo em uma democracia, as pessoas tem certo desinteresse pela política. “(...) ao mesmo tempo em que meia humanidade está se beneficiando de avanços democráticos, boa parte das pessoas está enojada pela descoberta ou pelo avanço da corrupção.” (p.9). “(...) esse exercício da liberdade como soberania é algo que se aproxima da ideia da idiótes”. Não sou soberano. Entretanto o indivíduo afirma: ‘Eu sou soberano sobre mim mesmo’. ’’ (p.13)
Conviver: O mais político dos atos
Ao entender de liberdade e direito o indivíduo os associa a uma propriedade ou um objeto de consumo, onde pode fazer o que bem quiser, pois tem o direito e a liberdade para isso. Porém, o que ele esquece é que não pode ter direitos sem cumprir os deveres. Portanto esquece que se cometer um crime qualquer que seja, poderá perder sua liberdade. “O indivíduo não pode ter direitos se não cumprir certos deveres. Tanto isso é verdade que pode perder o direito á liberdade de movimento (...).” (p.14).
Política como pulsão vital
A pulsão vital é o adversário, ‘adversário’ na expressão grega quer dizer (luta ou aflição). Nos países em que o governo é democrático perdeu-se essa pulsão, pois sem um horizonte, uma meta para seguir, há um descaso para com a democracia. A opressão é um combustível para a busca da liberdade. “Ao perdemos essa perspectiva do adversário, daquele que desperta nosso instinto de defesa, deixa de haver aquilo que, em psicanálise, é conhecido como erotização da política”. (p.22)