Resumo
Eu sou A Lenda? (I Am Legend), estrelada pelo ator Will Smith, sem qualquer intenção de contar o filme, o enredo do filme parte de um vírus modificado pelas mãos dos homens, na intenção de estabelecer a cura para algumas doenças até então consideradas incuráveis. Até aí nenhuma novidade, pois o homem sempre procurou e vai continuar procurando se colocar no lugar de Deus, só percebendo que está muito longe deste lugar quando as coisas saem do seu controle e o tal experimento, que tinha a intenção de cura, vira algo devastador. O tal vírus que parece estabelecer o final da humanidade faz uma transformação simples naqueles que o contraem: as pessoas ficam sensíveis à luminosidade e tornam-se violentos, agressivos. No entanto, esta agressividade à flor da pele não é exatamente causada pelo vírus, mas sim porque o vírus fez com que as pessoas perdessem seu crivo social, ou seja, não existem mais aqueles freios da consciência que levam as pessoas a considerarem o que é certo e o que é errado. A agressividade que é demonstrada de maneira exacerbada, portanto, não é algo adquirido, mas algo que faz parte, é inerente ao ser humano. Se observarmos alguns pacientes residentes de hospitais psiquiátricos, veremos que, sem um medicamento adequado (popularmente conhecidos como ?sossega-leão?), estas pessoas são agressivas ao extremo, precisando de diversos homens fortes para conte-lo. Isto se dá porque este paciente, em algum momento, perdeu o crivo social que o vírus, no filme, tira das pessoas. Sem o crivo social, os frenadores de ânimos, homens viram monstros. E se olharmos para a nossa sociedade, nosso dia-a-dia, não seria exatamente isto que estaria acontecendo? Cada vez mais somos obrigados a conviver com a violência praticada por nós mesmos, seres humanos. Os agressores, as pessoas violentas, estão lá fora e nós, assim como no filme, somos obrigados a vivermos enclausurados em nossas casas, supostamente protegidos por nossos muros de dois a três metros de