Resumo: O Suicídio, Descartes - Cap.3, parte I

Resumo em tópicos: O suicídio – Descartes Cap.3, p.I

Quando consultamos apenas os números absolutos, os solteiros parecem matar-se menos do que as pessoas casadas. No entanto, no período 1873-78 o número de suicídios envolvendo casados superou o número de suicídios envolvendo solteiros. Isso causou controvérsias e trouxe a tona teorias que afirmavam que o casamento e a vida de família multiplicavam as possibilidades de suicídio.
---Casados: mais responsabilidades, mais privações e penas para suprir as necessidades de uma família
---Raciocínio incorreto (dados mal analisados)
---Número de solteiros inclui indivíduos com menos de 16 anos. Nessa faixa etária a taxa de suicídios é muito pequena e este fato não se relaciona ao celibato. Essa quantidade de solteiros com menos de 16 anos diminui indevidamente a média de suicídios entre solteiros.
É necessário comparar com os indivíduos casados, portanto, apenas os indivíduos solteiros com mais de 16 anos. Dessa maneira, é possível perceber que o número de suicídios entre solteiros é, de fato, maior que o de casados.
No entanto, neste caso o pesquisador estaria considerando que todos os indivíduos casados e todos os solteiros com mais de 16 anos possuem uma idade média, o que, na verdade, não acontece. Seria necessário, então, analisar a quantidade de suicídios por faixa etária antes de estabelecer a relação com o celibato.
Como o suicídio progride segundo a idade para os dois sexos reunidos Se, portanto, a idade agisse sozinha, a disposição dos solteiros ao suicídio não poderia ser superior a 97,9 e a disposição dos casados precisaria estar entre 114,5 e 164,4. --- O estado de casamento diminui em cerca de metade o perigo do suicídio
“Em toda parte, a taxa dos indivíduos casados é mais ou menos inferior a dos solteiros, ao passo que, em virtude da idade, ela deveria ser mais alta.”
--- Resultados muito grosseiramente aproximados
--- Método eficiente para demonstrar que o celibato agrava a tendência