Resumo - o selvagem de aveyron

O texto de Jean Itard conta acerca de sua relação com o menino que ficou conhecido como “selvagem de Aveyron”. Encontrado na França, nos bosques de Caune, o menino apresentava um comportamento animalizado, não falava, não respondia a estímulos auditivos, era incapaz de diferenciar objetos em relevo de pinturas e, não manifestava aproximação ou repulsa por aromas distintos. Além disso, trazia em si uma sujeira impregnada, era incapaz de fixar atenção a qualquer objeto ou evento e convulsionava a todo o momento. Ao longo do texto, conclui-se que o menino havia sido abandonado com cerca de 5 anos e sofrido uma tentativa de homicídio por um corte no pescoço, sendo que possuía, no momento do estudo, doze anos e uma enorme cicatriz. Levado a Paris, ninguém sabia como lidar com este menino, quais seriam suas necessidades e sua situação psíquica real. Seria ele louco? Surdo-mudo? Qual seria sua condição intelectual? Desprovido de memória e de capacidade para imitar aos outros, o “selvagem” reconhecia apenas suas necessidades mais imediatas, não comunicava-se de modo algum e expressava sentimentos contraditórios a todo momento, rindo e chorando sem motivação aparente. Trazia em seu corpo inúmeras cicatrizes, testemunhas de uma vida perigosa e solitária em ambiente inóspito. Não se acostumava ao uso de roupas e calçados, conseguia apenas dormir no chão, alimentava-se basicamente de nozes e vegetais, tentava fugir a todo o momento e mostrava-se apaixonado pela liberdade dos campos. Neste contexto, o menino foi deixado sob os cuidados de Jean Itard, psiquiatra, que não acreditava nos diagnósticos de idiotismo e retardo mental de seus contemporâneos. Após analisar a situação, Itard traçou, para o tratamento do “selvagem”, cinco metas principais,

Primeira meta: interessá-lo pela vida social, tornando-a mais amena do que aquela que ele então levava (...).
Segunda meta: despertar a sensibilidade nervosa com os mais enérgicos estimulantes e algumas vezes com as vivas