Resumo o quinto mandamento
Quarta feira, 30 de Outubro de 2002. O vigia da Rua Zacarias de Góis, no bairro paulistano de Campo Belo, Francisco Genivaldo Modesto Diniz, assistia o final do jogo Corinthias e Flamengo, de dentro da guarita, quando ouviu um carro entrando na rua, era o Gol da moradora do número 232, onde vivia a família Von Richthofen, todos da casa eram quietos, reservados e Francisco não sabia muito sobre eles. A mulher era mais simpática, sempre o cumprimentava quando entrava ou saía. O homem nem olhava para os lados. Do casal de filhos nada sabia. Viu quando o portão da garagem se abriu e o carro da menina Suzane, com ela na direção, entrou na residência, mas no escuro não conseguiu enxergar quem mais estava com ela. Também não se preocupou com isso; tudo parecia em ordem. Dentro daquela casa não seria um dia normal. Os atos que se seguiram selariam o destino de muitos e mudariam radicalmente a história de tantas vidas. Depois de fechar as portas da garagem com o controle remoto, Suzane Von Richthofen, Daniel Cravinhos de Paula e Silva e Cristian Cravinhos de Paula e Silva, repassaram as etapas planejadas meses antes, com cuidado. Suzane retirou da bolsa as meias de nylon e as luvas cirurgicas (que mãe usava para tingir os cabelos) e as entregou aos dois irmãos, fazendo recomendações para nada sair errado. Cristian retirou do porta-malas os bastões que Daniel havia construido. O três entraram na casa, Suzane subiu em silêncio e verificou que seus pais dormiam tranquilamente, então fez sinal para que os rapazes subissem. Daniel entrou no quarto primeiro, seguido de perto por Cristian, em segundos estava cada um do lado de sua vítima. Como num filme, as vítimas intuiram seus destinos, acordaram e abriram os olhos simultâneamente, como se ouvissem a voz da filha ou adivinhassem o que estava por vir, mas não ouve tempo suficiente para lutarem por suas vidas. O primeiro golpe foi desferido