Resumo O Príncipe

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe; e, Escritos políticos. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2010
Em sua obra “O Príncipe”, Maquiavel nos remete à uma espécie de guia de ação de um governante que almeja sucesso na vida política. O autor parte da premissa de que o homem não é em sua completude bom e por isso, seu condutor político também não o poderia ser.
Quanto aos tipos de principados, o autor coloca os novos como aqueles alvos de maiores dificuldades no que tange a aceitação e estruturação do novo Príncipe perante o povo, tendo mais a frente o apoio popular como a verdadeira base de apoio do bom governante, aquela que embora não queira ser oprimida, também não apresenta o desejo de oprimir, como no caso dos pequenos poderosos. Fato relevante seria também a valorização da relação entre o governante e suas tropas, destacando a preferência e necessidade da estruturação de tropas próprias em detrimento da utilização de tropas mercenárias e ainda pior, de tropas auxiliares, vez que estas o faria seu refém em caso de vitória.
No que tange o comportamento do governante, este deve valorizar sua imagem perante o povo, sendo necessário, portanto, a utilização de terceiros para canalização de culpa por possíveis falhas no governo, realizar o bem de maneira gradativa para que não seja esquecido e saber encontrar o equilíbrio na necessidade de utilização da força para se fazer valer a lei, expresso na metáfora da “raposa” e do “leão”. A sabedoria do Príncipe é outro aspecto abordado de forma curiosa, vez que o autor acredita que os bons conselhos seriam oriundos de sua presença e não o contrário.