Resumo - o processo de substituição de importações
Luiz Eduardo Simões de Souza
Pedro Cezar Dutra Fonseva
Tendo em vista que o Processo de Substituição das Importações consiste na liderança do crescimento econômico e na responsabilidade pela dinâmica da economia, o setor industrial que até 1930 crescia induzido pela expansão e diversificação do setor exportador, se vê a partir daí enfrentando o que Celso Furtado e Raúl Prebisch chamam de “teoria dos choques adversos”, teoria esta que argumentava que a crise agroexportadora criava condições para que a economia se voltasse ao mercado interno, tendo em vista o balanço de pagamentos, que encarece a importações e dificulta a demanda por exportações, a adoção de políticas monetárias expansionista, com facilitação de crédito, e os efeitos de déficits na balança comercial. A teoria do choques adversos não pode restringir-se a idéia de que somente a crise agroexportadora favoreceu o crescimento industrial, tendo em vista que o próprio governo se vê obrigado a agir de forma a garantir a subsistência do Estado, aliando medidas mercadológicas e fiscais, associadas ao crescimenoto e diversificação da produção, que indicam que a forma com ose enfrentava a crise também foi determinante ao PSI. Em contrapartida a teoria dos choques adversos, Peláez defende que a indústria, já existente e com relevante importância em 1930, aliada a economia agroexportadora crescente e diversificada, permitem formar a tese denominada como industrialização induzida pelas exportações, tendo em vista que as exportações de café permitiram a geração de riqueza, capital, mercado e infraestrutura, que por sua vez criavam condições à industrialização associada a necessidade de diversificação de riqueza. Peláes também procurou evidenciar que o governo financiara sua política com base em novos tributos aplicados sobre o café, visando conter a oferta, e não no crédito como defendia Furtado. O estrangulamento externo e a desvalorização