Resumo O Of cio do Historiador
As fontes e a verdade. A História como arte. Primeiro tratarei das fontes. Para afirmar sua importância capital na investigação histórica, em um artigo publicado na Harper’s Magazine, Barbara Tuchman (1912-1989) fez algumas considerações muito interessantes para as minhas divagações nesse momento, as quais transcrevo a seguir:
Nunca pude ver nenhum sentido em referirmo-nos ao vizinho da universidade ao lado como fonte. Para mim, isso não constitui fonte nenhuma: quero saber de onde veio, originalmente, um fato, e não quem o usou pela última vez. Quanto à referência de um livro de nossa autoria como fonte, isso me parece o cúmulo do absurdo.
Disseram-me que os alunos são obrigados a citar historiadores secundários para mostrar que conhecem a bibliografia, mas se eu estivesse distribuindo diplomas, exigiria conhecimento direto das fontes primárias. As histórias secundárias são necessárias quando partimos de uma ignorância total de um assunto (...) mas depois que me colocaram no caminho, prefiro seguir o resto da estrada sozinha. Se eu fosse professora, reprovaria qualquer aluno que se contentasse em citar uma fonte secundária como sua referência para um fato.4
Os problemas que Tuchman levanta para os EUA da década de sessenta do século XX são particularmente importantes para o estudo da História em nosso país nos primeiros anos do século XXI. Essa distorção em nossa metodologia de