Resumo: O feminismo africano de Paulina Chiziane

292 palavras 2 páginas
RESUMO

GONÇALVES, Adelto. O feminismo negro de Paulina Chiziane.

Paulina Chiziane é a primeira romancista moçambicana da história, que escreveu Niketche, uma história da poligamia, publicado em 2002. Paulina nasceu em 1955, em Manjacaze, na província de Gaza, ao sul de Moçambique, e frequentou o ensino superior de Linguística, mas não concluiu. Estreou sua carreira de escritora com o romance “Balada de amor ao vento”, em 1990. Aos 20 anos, lutou contra o imperialismo, o colonialismo, e depois, contra a guerra civil que arrasou o país, de forma que seus escritos sempre falam o país destruído, da miséria, da superstição, de rituais religiosos e da morte. Considera a si mesma não como romancista, mas como contadora de histórias. O título “Niketche” refere-se à uma dança de iniciação sexual feminina de algumas regiões do norte de Moçambique, e conta a história de amor entre Rami, mulher do Sul e de nível social superior à da imensa maioria das mulheres do país, e Tony, seu marido, alto funcionário da polícia em Maputo. Ao descobrir que Tony tem outras quatro esposas e muitos outros filhos. Após procurar e conhecer todas essas esposas, trava com elas uma relação de amizade, a ponto de convidá-las para sua casa afim de fazer uma surpresa para Tony, o que acaba por irritar a sua sogra, que considera a monogamia um sistema desumano que marginaliza uma parte das mulheres, privilegiando outras. Diz a Rami que, sendo ela a primeira esposa, todas as outras devem a ela obediência. Em seu primeiro romance, ela conta a história romântica de Sarnau e Mwando através do tempo. O feminismo de Paulina, então, é diferente do feminismo de uma mulher branca, ou da mulher europeia, devido às tangíveis diferenças entre essas duas culturas.

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