Resumo O Cortiço
João Romão trabalhou dos treze até seus vinte e cinco anos para o dono de uma venda no bairro de Botafogo, quando seu patrão enriqueceu e resolveu ir embora, deixou como pagamento pelo o que ele devia a seu empregado uma venda, além de um valor em dinheiro. Após isso, ele se pôs a trabalhar, querendo enriquecer como seu patrão. Ele não pensava em conforto, dormia sobre o balcão da venda e a comida conseguia por uma quantia de dinheiro muito pequena com uma escrava que chamava Bertoleza.
Bertoleza trabalhava muito, até que um dia seu marido acabou morrendo, João então acolheu a escrava e depois de algum tempo os dois estavam amigados. Com o dinheiro que haviam reunido, construíram uma casinha, a qual tinha uma cama e uma mobilha modesta. Os dois se dedicaram ao máximo e a cada dia o número de fregueses da venda aumentava.
Bertoleza todos os meses tinha de pagar uma quantia de dinheiro para seu dono, até que um dia João resolveu escrever uma carta falsa, a qual dizia que o dono de Bertoleza libertou a escrava. João só se acalmou com o medo de o dono vir buscar Bertoleza, quando ele morreu um tempo depois. E seus filhos pensavam que ela havia fugido após a morte de seu marido.
Com ambição, João Romão comprou algumas braças de um terreno e ai construiu três pequenas casas, através dos materiais de construção roubados por ele e Bertoleza das construções na vizinhança.
Cada vez mais ele se dedicava a incessante busca por enriquecer, pois queria comprar a pedreira que ficava aos fundos do terreno. Após um tempo ele acabou conseguindo comprar todo o espaço que havia entre a venda e a pedreira, nesse pedaço de terra ele construiu várias casas, as quais mal a tinta secava e já eram alugadas.
Ao lado de sua casa mudou-se um negociante português, Miranda, o qual buscava tirar sua mulher, Estela, de perto dos seus caixeiros. Estela traia o marido desde o primeiro ano de casamento. Miranda e Estela tinham uma filha, ela se chamava Zulmira, era fraca e possuía