Resumo: sociedade 20 por 80
O Fairmont é um alojamento de luxo e um símbolo de prazer de viver. Quem pode hospedar-se nele venceu a vida. Por ali passaram várias pessoas importantes da época.
Nesse ambiente carregado de história, reuniram-se cientistas, líderes e pessoas renomadas para definir e apontar os caminhos para o século XXI “rumo a uma nova civilização”.
Durante três dias, reuniram-se em grupos de trabalho os grandes nomes do século, sendo que, a mídia não teve acesso ao local.
John Gage iniciou a rodada de debates sobre “Tecnologias e Trabalho na Economia Global”. Segundo ele: “Empregamos nosso pessoal por computador, eles trabalham no computador e também são demitidos por computador.”.
Os pragmáticos reunidos resumem o futuro em um par de números e um neologismo: “20 por 80”.Vinte por cento da população estaria apta e competente para ingressar no campo de trabalho do século XXI. Os demais 80% ficariam a deriva, ou seja, desempregados.
Em seguida, o grupo que trata do tema “O futuro do trabalho” foca nos trabalhadores em que não terão emprego algum. No auditório de Fairmont, esboça-se então uma nova ordem social: países ricos de classe média digna de nota – e ninguém contesta. Ao contrário,corre solta a expressão “ titlytainment” (tit- seios, tetas lytainment= diversão, entretenimento).
Foi então determinado que o padrão mundial do futuro seria a fórmula 20 por 80, onde 20% da população trabalha com qualificação e 80% sobrevive com o que conseguir.
Herbert Henzler interfere indo mais além “A indústria seguirá a trilha da agricultura”. A produção de mercadorias futuramente só proporcionará ganha-pão para escassa porcentagem da população ativa.
As explicações de economistas e políticos para tamanho declínio culminam sempre em uma palavra: globalização.
O presidente da República Federal da Alemanha apoia tais declarações com discursos diretos ao povo, onde a mudança será inevitável e cada um terá de fazer sacrifícios para sobreviver. Neste