Resumo sobre Dubai
Luiz Gustavo Sobral Fernandes
Vista panorâmica da cidade. Palm Jumeirah à esquerda e Burj Al Arab ao fundo
Foto Luiz Gustavo Sobral Fernandes
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Há poucos anos atrás, era raro encontrar alguém que tivesse escutado falar a respeito da cidade de Dubai. Distante culturalmente e fisicamente de nós sul-americanos, ao longo da última década ela veio desenvolvendo uma imagem relacionada à modernidade, ao absurdo e ao exagero: Hotéis luxuosos, ilhas artificiais, shoppings gigantescos e edificações de grande porte. A cidade que constrói o impossível realiza o inimaginável, e que gradativamente se transforma em potencial pólo turístico, chamando a atenção do mundo, e atraindo turistas dos cinco continentes.
Alameda da marina de Dubai
Foto Luiz Gustavo Sobral Fernandes
Particularmente acredito que o caso de Dubai interessa a arquitetos e urbanistas. Não como exemplo a ser seguido ou inspirado, mas sim como objeto de análise e reflexão da maneira que construímos e pensamos a cidade. Trata-se de um caso completamente singular, uma cidade que vem sendo erguida com generosos recursos, oriundos basicamente de um único meio e edificada ao sabor das vontades de uma única família, gerando resultados físicos interessantes para debates acadêmicos.
Um relato urbano-arquitetônico
A Dubai turística foi feita para ser vista, e isso está claro em todos os setores que compõe a cidade. Talvez a única exceção seja a região nas proximidades do Dubai Creek, o centro da área urbanizada, que abriga (além da área portuária), ruelas estreitas e pequenas edificações, com lojas no térreo e apartamentos modestos nos andares superiores. Apesar de ter recebido nos últimos anos intervenções oriundas do governo, que padronizou o calçamento e influenciou a construção de torres nas margens do Creek, pode-se observar a precariedade das construções e da malha urbana em geral. Uma amostra, (maquiada, diga-se de