Resumo seda nunes ponto 1
A UNIDADE DO SOCIAL E A PLURALIDADE DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
As ciências sociais debruçam-se sobre o estudo da condição humana como objeto real baseando-se na noção de fenómeno social total. Este fenómeno social total refere-se à compreensão do comportamento do homem nas suas relações com semelhantes, com o meio físico e natural.
Georges Gurvich defendia que a condição humana é apenas uma, mas que existem várias ciências para a estudarem. Inicialmente, acreditava-se que a cada uma das ciências sociais caberia investigar apenas um campo do real, ou seja cada ciência estudaria apenas uma área do real, sendo que as ciências socias se encontravam separadas ou que se poderiam separar.
Esta teoria foi derrubada passando a defender-se que os fenómenos sociais não podem ser estudados de forma isolada, mas antes de forma complementar e interdependente. Defende-se que o campo da realidade sobre o qual as ciências sociais se debruçam é apenas um e esses fenómenos denominam-se fenómenos sociais totais (fenómenos que se interligam em vários e diferentes níveis do real social, acabando por interessar a várias ciências sociais).
As várias ciências sociais – Economia, Demografia, Ciência Política e Psicologia Social – estudam por exemplo as classes sociais, cada uma com os seus objetivos de estudo mas sempre interligadas.
Não é pelas ciências sociais nomotéticas (estas estabelecem leis gerais para fenómenos que se podem reproduzir, com o objetivo de conhecer o universo. Estudam o global) estudarem diferentes realidades que estas se distinguem umas das outras, na verdade todas se ocupam do mesmo real, a realidade social. Nem mesmo a Linguística se afasta deste conceito. Esta ciência tem como objeto de investigação a linguagem (este ramo é perfeitamente distingo e isolável dos restantes). A linguagem é uma das muitas maneiras de intercomunicação social. Sendo assim a linguística é um dos ramos da Semiologia