resumo Republica
Na busca de moldar o guardião ideal desde a sua infância, Sócrates – juntamente com Adimanto – determinam que tais homens deveriam ser livres e recear mais a escravidão do que a própria morte.
Não seria permitido aos guardiões ter acesso à quaisquer poemas que falasse sobre o Hades, deus dos infernos, ou mesmo de um Deus que destinasse ao homem o mal.
Propuseram, pois, um modelo contrário a este, nas conversações e nas poesias. Eliminar-se-iam também “lamentações e lástimas de homens famosos”. (76)
Sócrates alega que estes homens não devem ser muito propensos ao riso, pois na maior parte das vezes em que alguém se entrega a um riso excessivo, este lhe provoca uma transformação da mesma forma excessiva, e seria inadmissível que se representem homens dignos de estima sob o domínio do riso.
Os “donos” de toda a verdade, ou seja, de toda a informação censurada aos demais membros da comunidade, seriam os líderes da cidade, e só a eles compete mentir, para o interesse da própria cidade. A todas as demais pessoas não seria lícito esse recurso.
Aos guerreiros, restava-lhes a reclusão; não poderiam ter ambição ou sequer receber agrados ou presentes. Para que isso se tornasse possível, obrigar-se-ia os poetas a negar as atitudes dos poetas de outrora, enfraquecendo deuses e sucumbindo os homens. Haveria de se convencer os jovens de que os deuses são incapazes de realizarem coisas más, e equiparar-se-ia os homens aos heróis.
Muito se conversou também sobre o modelo de orador ideal, visto que estes influenciariam os homens. No seu estilo constaria a imitação e a narração simples. Contudo, dependendo da natureza do discurso, a imitação teria uma menor participação – isso aplicar-se-ia em discursos longos, e não admitir-se-ia queixas e lamentações.
Sócrates visa, com intervenções de Glauco, também educar os guardiões através da música, procurando “artistas de mérito,