RESUMO Psicologia do Testemunho
Nayara de Oliveira Chiovato
Psicologia do Testemunho
No momento do depoimento é grande a demanda cognitiva e emocional, independentemente de criança ou adulto, uma vez que as pessoas não estão habituadas em descrever situações vivenciadas.
O uso de técnicas inadequadas para coletar informações contidas na memória da testemunha pode ocasionar problemas quanto a qualidade das informações. Muitas pessoas focam apenas em alguns aspectos do evento, não armazenando na memória todas as partes dessa situação, sendo impossível lembrar todos os detalhes que ocorreram, consequentemente o indivíduo pode acrescentar novas informações às lembranças, ou seja, falsas memórias (FM).
Entrevistador investigativo: irá obter o relato da testemunha, utilizando estratégias para motivar e auxiliar o indivíduo a descrever o evento, com maior precisão e detalhes. O testemunho de uma pessoa, seja em situações informais e/ou formais, depende de algumas variáveis como: a percepção do acontecimento; memória (formas de armazenamento e evocação) e o modo como o acontecimento pode ser expresso).
Percepção: Capacidade de atribuir significado/sentido aos fatos e que sofre influências externas e internas:
A capacidade de apreensão é maior de manhã do que de noite;
Em média, as mulheres percebem com mais exatidão os detalhes que os homens;
Efeitos de primazia e recência;
Dados qualitativos (aspectos gerais da cena) x quantitativos (quanto tempo você ficou lá? Quantos produtos foram levados?);
As pessoas diferem quanto à duração das vivências no tempo;
Tendências afetivas: expectativas de que o fato acontecesse ou não, estado de humor, condições de estresse;
Automatismo e hábitos: percebemos mais aquilo que nos é comum no nosso dia a dia.
Memória: Processo cognitivo que compreende processos de codificação, armazenamento e evocação (recordação e reconhecimento).
Condições orgânicas/cerebrais e emocionais;
Esquecimento como fonte de proteção;
Amnésias: infantil,