Resumo Para além do capital
O autor sugere que por meio de mudanças nos processos educativos, consigamos uma educação para além do capital, ou seja, uma educação que não exclua o educando do processo de ensino-aprendizagem, se este não for “qualificado” por sua condição social.
O texto tem seu início a partir de três epigrafes de autoria Paracelso, pensador do século XVI, de José Marti, poeta e pensador Cubano e a de Karl Marx, pensador alemão do século XIX.
Mészáros inicia sua reflexão afirmando que as reformas na educação, não provocam grandes mudanças na sociedade que vivemos. Isto porque em uma sociedade capitalista o sistema sócio - econômico não é controlado.
Para Mészáros, somente através de uma mudança profunda no quadro social do país, é que haverá grandes transformações na educação. A transformação da educação não deve ser pensada de forma isolada, e sim conjunta, juntamente com reformas em outras áreas governamentais. As mudanças na educação, segundo ele são feitas apenas como forma de correção, a determinado processo educacional, e nunca é feito em sua totalidade estas mudanças não ocorrem no cerne de nossa educação devido aos interesses das pessoas envolvidas neste processo. (Mészáros, 2006, p.27).
O autor chega a comparar o interesse presente na reformulação da educação, com o sistema feudal. Ou seja, o senhor feudal, não vê a necessidade de instruir seus servos, para este não há necessidade. Segundo Mészáros isto ocorre atualmente, o governo não vê a necessidade de promover uma educação de qualidade, isto porque um povo “sem” educação, ou apenas tendo o básico de educação, é um povo passivo, com facilidade para se manipular.
Uma atitude muito ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que permitisse as classes dominantes perceber as injustiças