Resumo os maias
Crónica de costumes: construção de ambientes e actuação de personagens-tipo. Acção aberta.
Articulam-se de forma alternada funcionando os ambientes como pano de fundo para a actuação das personagens da intriga principal e para os figurantes da crónica de costumes.
Presságios
A sombrinha escarlate: Quando Afonso vê Mª Monforte pela primeira vez; a mancha de sangue é indício da consanguinidade entre Carlos e Mª Eduarda, isto é, da relação incestuosa.
A lenda: Vilaça, tentando demover a vontade de Afonso ir instalar-se no Ramalhete, “aludia (…) a uma lenda, segundo a qual eram sempre fatais aos Maias as paredes do Ramalhete”.
Nome de Carlos: Mª Monforte escolhe para seu filho o nome de Carlos Eduardo, nome marcado pelo estigma da extinção de uma família, Carlos Eduardo Stuart, o último dos Stuarts.
Os três lírios: Em casa de Mª Eduarda, três lírios brancos (símbolo da pureza) murchavam dentro de um vaso do Japão – símbolo do aniquilamento/destruição dos três membros que restavam da Família (inocentes), devido à relação incestuosa entre Carlos e Maria Eduarda.
Nomes dos dois: A semelhança de nomes Carlos Eduardo e Maria Eduarda – indicia a concordância dos seus destinos.
Semelhanças: Semelhança de Maria Eduarda com o avô (na perspectiva de Carlos); Carlos parecido com sua mãe (na perspectiva de Maria Eduarda).
Alcova: Na Toca “desmaiavam, na trama da lã, os amores entre Vénus e Marte (irmãos); “uma cabeça degolada, lívida, gelada no seu sangue, dentro de um prato de cobre” – Afonso sacrificado pela relação dos netos.
Acção trágica
Protagonista: de condição superior (Carlos e Mª Eduarda)
Tema da intriga: Incesto (tema clássico)
Fatum (destino): Agente de destruição do protagonista
Peripécia: encontro de Guimarães com Ega
Reconhecimento: Revelações de Guimarães a Ega sobre a identidade de Mª