resumo: Os democratas no fio da navalha

RESENHA Maria Hermínia Tavares de Almeida nos mostra em seu texto “Os democratas no fio da navalha”, que em países da América Latina existe a ideia de que o desenvolvimento da democracia estava relacionado a desenvolvimento da economia. Mas que, em contraposição ideológica surgiram em países latino americanos, governos militares chamados pelo argentino Guillermo O’Donnel de Burocráticos-autoritários. Tais governos disseminavam a ideia de que o desenvolvimento econômico capitalista latino, somente seria viável sob conduta autoritária. Tomando como referência a obra do argentino O’Donnel, Almeida discursa sobre a ideias de, Estado Militar como relações de domínio institucionalizadas, e Regime Político Autoritário enquanto um conjunto que normas que regem a relação entre estado e sociedade civil. Em concordância a Fernando Henrique Cardoso, Almeida compara governos militares do Chile, Argentina e Brasil, chegando a conclusão de que existem semelhanças institucionais e governamentais, porém existem divergências em aspectos como a base social de cada um dos regimes. Faz-se necessária então uma teoria que abarque o motivo da fragilidade da democracia latino americana. Ao avançar da industrialização da América Latina as sociedades se mostravam cada vez mais com características heterogêneas, colocando em questão análises formadas por foco nas classes sociais. O autoritarismo como única via para o desenvolvimento econômico não significava que existiam nos países latino americanos, simultâneas condições favoráveis ao aparecimento de tal. Os sujeitos como atores sociais heterogêneos devem ter suas ações entendidas como objeto de analise da falência democrática latina. Almeida discorre sobre a tensão dos regimes burocrático-autoritários, onde as medidas sociais e econômicas antipopulares, juntamente com as ações de repressão por parte do estado, posteriormente dariam base para uma análise oposta a de origem do sistema burocrático-autoritário, em que o autoritarismo