Resumo norbeto bobbio - liberalismo e democracia, cap 8 a 12

RESUMO TRABALHO DE TGE 2 –capítulos, 8,9,10,11
8 - O igualitarismo democrático,que engloba uma certa equalização econômica, não é aquela suposta pelo liberalismo. O liberalismo defende uma igualdade jurídica e uma igualdade de oportunidades: ‘equalização dos pontos de partida, mas não dos pontos de chegada’. Por esse lado, liberalismo e democracia estão destinados a não se encontrar. Entende-se aqui democracia como a maior extensão dos direitos políticos até o limite último do sufrágio universal. E, em verdade, o sufrágio universal não é em linha de princípio contrário nem ao Estado de Direito nem ao Estado mínimo. Contudo, enquanto no início puderam se formar Estados liberais não-democráticos, hoje esses não seriam mais concebíveis. Hoje se crê que o método democrático é necessário para proteger os direitos fundamentais, essência do Estado liberal, bem como é necessário salvaguardar tais direitos para o pleno funcionamento do método democrático. O melhor remédio contra o abuso de poder dos governantes e o conseqüente cerceamento da liberdade é a participação dos cidadãos na formação das leis. Assim sendo, os direitos políticos seriam um complemento natural dos direitos de liberdade e dos direitos civis. Por outro lado, é somente quando um indivíduo goza de liberdade, em sentido amplo, que este pode ter uma participação no voto de maneira eficaz. Assim se vê porque apenas os Estados surgidos de revoluções liberais são democráticos, bem como somente Estados democráticos protegem os direitos fundamentais do homem. Todos os Estados autoritários são antiliberais e antidemocráticos.
9 - Liberalismo e democracia também partem de um ponto de partida em comum: o indivíduo. O individualismo moderno domina em ambas as correntes, em contrapartida ao organicismo antigo. O organicismo considera o Estado como um grande corpo composto de partes que concorrem, enquanto o individualismo considera o Estado como um conjunto de indivíduos e como o resultado da