A tradição filosófica dominante na Europa até o início da modernidade pressupunha a existência, além do mundo sensível e histórico, sobretudo, ao longo do século 18, refere-se a riqueza da vida material e seus refinamentos. Na passagem do idealismo para o materialismo dialético, Ludwig Feuerbach, foi uma figura-chave. Embora inicialmente seduzidos pelas teses de Feuerbach, logo Marx e Engels rebateram-nas com a teoria marxista articulando a dialética e o materialismo sob uma perspectiva histórica, negando assim, tanto o idealismo hegeliano quanto o materialismo dos neo-hegelianos. A análise da vida social deve, portanto, ser realizada através de uma perspectiva dialética a fim de expor o movimento do real em seu conjunto. Enquanto para Hegel a história da humanidade nada mais é do que a história do desenvolvimento do Espírito, Marx e Engels colocam como ponto de partida. Segundo Marx, os economistas de seu tempo não reconhecem a historicidade dos fenômenos que se manifestam na sociedade capitalista. O pensamento e a consciência são, em última instância, decorrência da relação homem/natureza. A premissa da análise marxista da sociedade é, portanto, a existência de seres humanos que, por meio da interação com a natureza e com outros indivíduos, dão origem à sua vida material. Ao produzir para prover-se do que precisam, os seres humanos procuram dominar as circunstâncias naturais, e podem modificar a fauna e a flora. O processo de produção e reprodução da vida através do trabalho é, para Marx, a atividade humana básica, a partir da qual se constitui a “história dos homens”, ele refere-se a produção como indivíduos vivendo em sociedade, o conceito de forças produtivas refere-se aos instrumentos e habilidades que possibilitam o controle das condições naturais para a produção. Marx faz menção de vários modos de produção e acredita que a tendência do modo capitalista de produção é separar cada vez mais o trabalho e os meios de produção, concentrando e transformando