Resumo Manual de Psicopatologia Infantil Daniel Marcelli
Capítulo 1
O Normal e o Patológico
Quando o psiquiatra é solicitado a examinar uma criança de condutas tidas como não adequadas pela família ou seu círculo social, ele deve levar em conta nessa avaliação fatores como capacidade de sublimação em um setor, importância de contrainvestimentos defensivos, flexibilidade ou rigidez do conjunto do funcionamento mental, avaliação do nível de conflito em função da idade, etc. Então os critérios de normalidade não podem se limitar apenas ao motivo do pedido do exame e uma simples grade de sintomas.
Para além das condutas sintomáticas, o psiquiatra de criança e adolescente deve encontrar um outro sistema de avaliação. É preciso que esse médico indague se a conduta manifesta (mentalizada ou agida) tem um poder patógeno dentro do funcionamento mental da criança ou assume um papel organizador?
Confundir normal e saúde em oposição a anormal e doença constitui evidentemente uma posição estática que não corresponde mais a dimensão dinâmica da maioria das doenças. Normal e patológico são tão dependentes um do outro.
Capítulo 4
A Psicopatologia das condutas de adormecimento e do sono
Os transtornos do sono tem uma grande variedade, mas é preciso maior atenção à precocidade como conduta desviante, como intensidade, sintomas associados, idade da criança e sua evolução. As características do sono da criança evoluem com muita rapidez durante os primeiros meses de vida.
O sono se divide em duas grandes fases:
1. Sono Paradoxal (REM): ainda próximo da vigília, mais facilidade para ser desperto, movimentos oculares rápidos.
2. Sono calmo, ou lento: reconstituição energética, sem atividade motriz. Divide-se em fases, indo do sono leve ao profundo.
Sono e Sonho
Nas crianças, as imagens dos sonhos são particularmente ricas, mas antes dos 2 anos de idade não é possível obter relato do sonho. A natureza dos sonhos podem variar, acontecimentos passados, revivências, punição,