Resumo livro modernidade líquida

10264 palavras 42 páginas
BAUMAN Z. Modernidade Líquida Rio de Janeiro: Zahar 2001.

O líquido não possui uma forma definida, sua forma é temporária, amolda-se facilmente ao recipiente em que é colocado estando em constante mudança e adaptação. Já os sólidos oferecem resistência à separação dos seus átomos.
Para Bauman a modernidade encaixa-se na situação dos líquidos. Como os líquidos estão sempre prontos para mudar, o tempo é essencial para na sua análise ou observação e, qualquer descrição ou conclusão que se tenha a respeito dele é temporária. A mobilidade que caracteriza os líquidos faz com que passem a ideia de “leveza”. A leveza é frequentemente associada à mobilidade e inconstância.
O presente é muito mais semelhante à condição dos líquidos. A modernidade já nasceu “derretendo os sólidos” – frase cunhada há um século e meio pelos autores do Manifesto comunista. Significa que tudo o que apresentasse uma tendência a permanecer constante à medida que o tempo passasse, deveria ser destruído. Todas as tradições deveriam ser “liquefeitas”.
Todas as obrigações “irrelevantes” deveriam deixar de existir: as empresas deveriam se libertar dos deveres para com a família e das obrigações éticas; só deveria permanecer nas empresas o que tivesse fins materiais. As relações sociais ficavam desprotegidas e o papel da economia ganhava destaque. Ela ia se libertando progressivamente de obstáculos éticos, políticos e culturais. Desse modo, construía-se uma nova ordem, a qual era definida principalmente pela economia. “Não que a ordem econômica, uma vez instalada, tivesse colonizado, reeducado e convertido a seus fins o restante da vida social; essa ordem veio a dominar a totalidade da vida humana porque o que quer que possa ter acontecido nessa vida tornou-se irrelevante e ineficaz no que diz respeito à implacável e contínua reprodução dessa ordem.” (BAUMAN, 1999, p.11).
Consoante Bauman, essa nova ordem é composta por subsistemas livres, mas o modo que esses sistemas estão ligados é

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