resumo livro maquetes de papel paulo mendes da rocha
Há um momento no processo de elaboração de um projeto de arquitetura, em que o arquiteto tem que transformar os primeiros rabiscos em algo palpável, que possa ser olhado á distância, sob outro ângulo e assim verificar as proporções, as transparências, as sombras que aqueles volumes geram e a relação com as diferentes escalas urbana e humana.
Durante a aula expositiva, ele descreveu com clareza esse espaço de tempo entre as primeiras linhas traçadas e a confecção da maquete de papel.
Quando fala sobre seu trabalho, ele usa referências provenientes de diversos campos do conhecimento, sobretudo da física, da geografia, das artes plásticas e da literatura.
O assunto discutido é muito interessante. A questão fundamental que navega entre nós arquitetos é imaginar as coisas que ainda não existem.
Para discutir essa questão, devemos começar invocando aquilo que a experiência humana acumulou em forma de conhecimento, desde as origens de nossa existência até hoje. Um arquiteto deve pensar de cara em história da arquitetura. Necessariamente temos que ir aos livros e saber o que é estudar para nos convencer do que estamos fazendo, se você vai fazer um projeto, antes de mais nada deve ser capaz de invocar a memória sobre um saber, ainda que não tenha consciência de que sabe.
A cidade é o espaço ideal do habitat humano, ela precisa ser projetada, as coisas não podem acontecer como um acaso histórico, com desvios de interesses particulares; temos que acomodar as populações no seu melhor arranjo dentro das cidades, e não só vender terrenos, isso é um desastre. A cidade é para todos.
Devemos entender a dimensão política da nossa profissão, influir de modo justo nas