Resumo Lit Bra 3 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS

CARLA HULLE DE SOUZA
RAFAELA DUTRA

VITÓRIA
2015
“Noite de almirante” e “O caso da vara”, de Machado de Assis

A história de Deolindo Venta-Grande, protagonista de “Noite de almirante”, e de Damião, por sua vez protagonista de “O caso da vara” são possíveis de serem relacionadas por semelhanças entre si: a fidelidade e a fraqueza humana. Porém, antes de abordar esses pontos em comum, é preciso destacar alguns acontecimentos de cada conto individualmente.
“Noite de almirante” narra a história de Deolindo Venta-Grande, um marujo que está prestes a fazer uma viagem de instrução durante oito ou dez meses, e Genoveva, sua amada “caboclinha de vinte anos, esperta, olho negro e atrevido”. Antes que ele partisse, os dois fizeram um juramento de amor eterno. O tempo passou e Deolindo voltou com sua promessa cumprida. Genoveva, por outro lado, apaixonou-se por um jovem mascate. No dia seguinte, o marujo respondeu a todas as perguntas feitas por seus companheiros de expedição, como se realmente tivesse vivido uma noite de almirante.
Já “O caso da vara” relata a fuga de um jovem seminarista, Damião, que procura a ajuda de Sinhá Rita, uma viúva amiga de seu padrinho João Carneiro. Depois de tanto insistir, Damião consegue convencer Sinhá Rita a ajuda-lo. Damião conversa, senta-se à mesa e conta anedotas para Sinhá Rita e as criadas. Uma destas distrai-se do bordado, e Sinhá Rita adverte-a de que, se não terminar a tarefa, será castigada. O rapaz promete a si salvá-la caso ela não termine sua tarefa. Com o passar do tempo, Sinhá Rita, ao perceber que a criada não conseguiu terminar a tarefa, segura-a pela orelha e pede ao rapaz que lhe dê uma vara que está próxima a ele. Damião pensa, sofre, mas, contudo, decide entregá-la a Sinhá.
Observa-se que a fidelidade nas duas histórias se configura de forma diferente, ainda que abordada nos dois contos. Tal