Resumo - keinert
KEINERT, T. M. M. Os paradigmas da administração pública (1900-92). RAE. São Paulo, p.41-48
1. Paradigmas da Administração Pública Denomina-se paradigma as correntes principais de pensamento. Para que um determinada área do conhecimento torne-se fonte de estudo de uma comunidade de estudiosos, eles necessitam compartilhar certos paradigmas. No campo de Administração Pública foi possível identificar quatro grandes períodos paradigmáticos.
1.1) O Paradigma da Administração Pública como Ciência Jurídica ( 1900-29) A princípio a administração pública no Brasil era tida como ciência jurídica. Diferenciar as duas disciplinas e caracteriza-las era a principal preocupação dos estudiosos da época. Anos depois essa questão foi superada. Isso ocorreu a partir do momento que a Administração Pública passou a ser considerada uma ciência. O enfoque jurídico exerceu grande influência no Brasil, e apesar de, hoje, não ser o paradigma dominante ainda continua forte e atuante.
1.2) O paradigma da Administração Pública como Ciência Administrativa ( 1930 - 79) O paradigma principal desse período são os princípios da administração que traziam a ideia de neutralidade e aplicabilidade a qualquer contexto, permitindo que se equiparasse a Administração pública a de Empresas. Dividi-se esse período em três fases: A primeira inicia-se com a Revolução de 30, que dá inicio a expansão e estruturação estatal. Essa expansão criou condições para que se igualassem as necessidades da Administração Pública às da Administração Empresarial. Foi uma fase caracterizada pela ideia de racionalização e pelo conceito de que “governar é administrar” - ignorando o componente político e reforçando a ideia de identidade de interesses - ambos proveniente da Escola Clássica. A segunda fase denomina-se Administração para o desenvolvimento e vai de 1946 até 1964. É marcada pelo ideais desenvolvimentista, que reforça a ideia de que o país só poderá se desenvolver