Resumo inserção internacional - capítulo 3 - cervo amado - paradigmas brasileiros

O autor inicia com as palavras do chanceler Celso Amorim quando confessa que quanto mais teorias alojadas na cabeça do dirigente, melhor sua intuição e sua decisão. Afirma que teorias devem ser tomadas com senso crítico, pois são forjadas com os interesses, valores, visão de mundo e capacidades de quem as concebe. Hoje as teorias norte-americanas são as mais elaboradas, mas favorecem a hegemonia dos Estados Unidos. Por outro lado vemos uma expansão com a construção de teorias em outras áreas do globo, mas ainda assim são as norte-americanas que influenciam os dirigentes. Traz a noção de paradigmas com a definição de que se trata de uma explanação compreensiva do real. Um paradigma permite avaliar os dirigentes. Cada era tem um paradigma vigente e as decisões serão orientada por ele.
O Brasil desde 1810 teve quatro paradigmas. Iniciou com o paradigma liberal-conservador. Conviveu por mais de um século em uma situação de negociações desiguais com as potências europeias. Foi totalmente liberal no sentido econômico, mas conservador no sentido territorial. Abria seus mercados em negociações desvantajosas, mas ao mesmo tempo empreendia grande preocupação com a integridade das fronteiras. Não havia a noção de interesse nacional. Em verdade a elite da época se apropriou do país e o guiava a partir dos seus próprios interesses.
A partir de 1930 foi o paradigma desenvolvimentista. Momento no qual a depressão atingiu os países capitalistas avançados e os jogaram no protecionismo e soluções nacionalistas. O Brasil e América Latina mostraram grande dinamismo econômico e finalmente encontraram o caminho ao mundo moderno. A sociedade ficou mais complexa. O país foi construído durante essa fase, com forte industrialização e crescimento econômico em um modelo de inserção internacional que durou 60 anos.
Em 1989 chega o paradigma neoliberal ou normal. Prefiro o termo normal porque explica com precisão a situação vivida no Brasil e América Latina. Foi momento de abertura dos