Resumo Gêneros Textuais Marcuschi
Após a década de 60 há uma explosão na lingüística, época efervescente na inovação dos gêneros, o que justiça a atual limitação quanto às novas criações. Ou seja, o que encontramos hoje são adaptações, definidas por aspectos sociais e comunicativos, restringindo essa capacidade de criação.
Ha uma distinção entre os conceitos sobre gênero e tipo textual, que não se contrapõem, mas se complementam, pois, um gênero encaixa-se dentro de um tipo textual, porém, nem todo tipo é um gênero.
Gênero textual é definido por um conjunto de características que ajudam a dar sentido ao que foi escrito, referente à configuração, ao tema, o estilo e a funcionalidade. Já foram registrados aproximadamente 4.000 modelos. Enquanto que domínios discursivos são as grandes esferas e aquilo que um texto induz ao apresentar algum ponto de vista.
O conceito de gênero quase sempre esteve ligado a uma tradição ocidental, relacionado à literatura, porém, esse conceito caiu e cedeu lugar a uma abrangente definição para qualquer tipo falado, ou escrito, ou até sem qualquer cunho literário.
Bakthin foi um teórico russo que desenvolveu em sua tese sobre a “transmutação do gênero” os gêneros textuais não são formas estruturais estáticas e absolutas, e sim “relativamente estáveis”, ou seja, a comunicação diária e afetada pelo uso intenso das tecnologias, e não exclusivamente as tecnologias que originam os gêneros, pois esses não são absolutamente inovadores, mas uma assimilação de um gênero por outro, e fatalmente gerando novos.
Por isso um texto é geralmente variado possuindo várias características. Essa idéia pode ser definida também por “inter-gênero”, ou intertextualidade.