Resumo globalização e fragmentação do espaço agrícola do brasil
Resumo do texto “Globalização e Fragmentação do Espaço Agrícola do Brasil”
O autor utiliza o termo agricultura científica, usado primeiramente por Santos (2000), como o novo modelo econômico, técnico e social de produção. Nesse novo modelo, a produção agrícola passa a obedecer às mesmas leis que regem a produção econômica, e está sujeita à economia de mercado, em razão das demandas urbanas e industriais.
Há o aumento da competitividade, levando ao aumento e à dependência da ciência e da tecnologia, responsáveis pelo aumento das quantidades produzidas em relação à área ocupada. Aos investimentos e empreendimentos desta área, são colocadas possibilidades próximas às dos outros setores da economia. Tornam-se altos os lucros recebidos das aplicações de capital.
Através do da agricultura científica há o maior controle dos ciclos biológicos das plantas e dos animais uma vez que os tornam menos vulneráveis aos fatores naturais, assim como o aproveitamento de solos menos férteis e desprezados anteriormente. Dessa forma, as “questões locacionais” tornam-se relativas.
A reestruturação no Brasil deu-se de forma “socialmente excludente e espacialmente seletiva”, pois manteve determinadas estruturas sociais, territoriais e políticas incompatíveis com os fundamentos do desenvolvimento da agricultura científica. Na outra mão, foi possível privilegiar certos segmentos sociais e econômicos. Dessa forma, houve aumento na concentração de terras, assim como na “oligopolização” do setor agropecuário. As relações sociais de produção foram transformadas à medida que o espaço agrícola foi fragmentado.
Esta divisão do espaço agrícola acarreta na grande diferenciação na lógica de sua organização, na qual é percebida a preferência na distribuição das políticas públicas e dos sistemas de objetos.