Resumo fiori

A BOLÍVIA, HONDURAS E O RESTO DO MUNDO.
Desde que os preços do petróleo dispararam no mercado internacional, esse fenômeno - nacionalização de empresas ou revisão de contratos- vem se repetindo em quase todos os países exportadores de recursos energéticos. E a mesma política está sendo discutida dentro da União Européia. Já o Congresso norte-americano aprovou recentemente a decisão de “punir empresas que rejeitem uma mudança nos seus contratos de operação que dará ao governo uma fatia maior dos lucros com o petróleo”. Portanto, o que se vê, por todo lodo, é uma tendência geral, que o New York Times identificou como uma “ressurgência mundial das políticas nacionalistas”.
Por isso, num artigo recente, Matthew Lynn, do Bloomberg News, fala explicitamente da “volta do nacionalismo europeu” e denuncia o fato de as “economias europeias estarem se conservando obstinadamente nacionais”. Como explicar essa inflexão nacionalista tão rápida e universal? Parece tratar-se de um fenômeno de mais longo prazo e que não tem uma causa única. Mas, de forma mais imediata, no curto prazo, não há dúvidas de que essa onda vem sendo alimentada pelo problema da segurança energética da nova máquina de crescimento mundial, liderada pelo eixo entre EUA, China e Índia.
O Instituto Internacional de Estudos Estratégicos de Londres atribui a essa mesma disputa energética recente reestruturação naval e presença militar crescente dos chineses e indianos no mar da índia e no Oriente Médio. No outro lado do eixo, os EUA ainda são os maiores consumidores de energia do mundo e deslocam seu fornecimento para dentro de sua zona de segurança estratégica. Apesar disso, seguem atuando de maneira ofensiva e “nacionalista” em todo o mundo.
Por isso a Rússia vem ressurgindo como potencia com mais rapidez do que era esperado, não apenas por deter o segundo maior arsenal nuclear do mundo, mas também por ser a fornecedora de energia da China, da Índia e dos EUA.
Olhando assim para a Bolívia e para Honduras,