Resumo Exclusão Social no Brasil Contemporâneo
O autor começa o texto comentando sobre o desenvolvimento econômico do Brasil antes e depois dos anos 80. Por causa da queda do PIB, o aumento do desemprego e o crescimento populacional parece ser consensual que a concentração de renda agravou-se ainda mais durante os anos 80. De acordo com um conjunto de levantamentos, a figura do excluído socialmente dos grandes centros urbanos, ou mendigos tradicionais, é substituída por desempregados, sem moradia e sem renda suficiente para sua própria subsistência. Uma comparação interessante é a de exclusão social e auto exclusão. Na auto exclusão o processo de se excluir socialmente está nas mãos do indivíduo, pois este escolhe viver assim, tendo a oportunidade, a qualquer momento, de se integrar na sociedade. Já a exclusão em si, é feita por terceiros. Como citado no trecho: “Dessa forma, o conceito de exclusão social é reservado para definir situações e condições nas quais há um processo social ativo de discriminação, estigmatização e expulsão de um conjunto de âmbitos sociais não determinado por decisões individuais.” Apesar de não haver uma uniformidade na situação de exclusão, há uma semelhança entre na história da trajetória desses indivíduos para chegarem ao ponto da miséria e serem privados materialmente. Essa situação inclui “a não-integração no mundo do trabalho e a pobreza daí advinda é o "mínimo denominador comum" dos excluídos.” O desemprego crescente, a desestabilização na vida das classes antes consideradas estáveis e a falta de oportunidades para os jovens que estão iniciando no mercado de trabalho, alimentam a dinâmica do desemprego. Na medida em que a inserção de uma pessoa na sociedade moderna se dá pelo mundo do trabalho, o âmbito econômico adquire preponderância nas trajetórias de exclusão social. Porém, mesmo sendo determinante a participação na área de trocas de bens e serviços, os indivíduos dessa sociedade podem acrescentar anteparos a esse caminho