O desenvolvimento, no século XIX, na Europa, da escola ‘universal, laica e obrigatória’ é um movimento internacional que, pelo menos ao nível das suas intenções, procurou dar à totalidade da população uma base comum de instrumentos de cultura que permitisse aplanar as grandes diferenças socioculturais dos alunos. O certo é que, pensada para ser solução de um problema, a escola - que hoje designaríamos por escola pública - foi-se tornando parte do problema que tinha por objetivo resolver. Criada para dar a todos a educação básica a que todos deveriam ter acesso, a escola pública tradicional desenvolveu práticas e valores que progressivamente contribuíram para acentuar as diferenças entre os alunos. A inserção dos excluídos sociais, entre eles os PNEs, na escola e sociedade é uma das preocupações mundiais. O princípio da integração e mais especificamente o da inclusão têm sido o eixo de discussões em congressos, seminários, eventos1 e publicações na área da educação especial, por estudiosos e pesquisadores, tanto em nível nacional como internacional. No Brasil, o desenvolvimento do esporte para pessoas portadoras de deficiência física data de 1958 com a fundação do Clube dos Paraplégicos em São Paulo e do Clube do Otimismo no Rio de Janeiro. A educação física começa a se preocupar com atividade física para essas pessoas apenas, aproximadamente, no final dos anos de 1950, e o enfoque inicial para a prática dessas atividades foi o médico. Os programas eram denominados ginástica médica e tinham a finalidade de prevenir doenças, utilizando para tanto exercícios corretivos e de prevenção. Considerando esses aspectos, relatar um pouco da história da educação física e do esporte adaptado, compreender e refletir sua relação com os princípios filosóficos da integração e inclusão levam-nos à possibilidade de um repensar sobre uma nova práxis da educação física voltada para o atendimento aos PNEs, principalmente na área escolar, visando a sua transformação para uma educação