Resumo Entre a bola e o MP3- Novas tecnologias e diálogo intercultural no cotidiano escolar adolescente.
Mirian inicia seu texto descrevendo a escola sede de seu trabalho, a Escola dos Murais, e salienta que esta afirma ocupar um lugar importante no ranking de escolas públicas. Por se tratar de uma escola situada em área nobre do Rio de Janeiro, ela nota algumas peculiaridades, como o fato de haver uma minoria de moradores de favelas no número de alunos matriculados.
No primeiro subitem ela abre um questionamento acerca da pluridiversidade de culturas e traços distintivos nos grupos e na individualidade dos alunos. Chama atenção para o fato de que há um “diálogo intercultural” que permeia a escola e a que os educadores devem estar atentos. Reconhecer as diferenças e apresentar a possibilidade de convivência e de construção coletiva dos detalhes desta, assim como o debate acerca da não hierarquização de culturas ou mesmo da opressão geracional. Propõe, assim, um diálogo livre entre culturas, hora mediado pelo ambiente da escola.
Depois, passa a traçar, a partir da reprodução de entrevistas feitas com professoras da escola, o perfil de aluno desta - é claro que a análise específica dos estudantes dessa escola serve de base para uma perspectiva ampla dos adolescentes brasileiros. Identifica um desnível entre o avanço tecnológico que acompanha reciprocamente o crescimento desta juventude e a capacidade da escola e dos agentes educadores em lidar com todo este aparato e aplicá-lo ao projeto político-pedagógico. Faz, ainda, uma crítica à forma como o mercado tenta uniformizar o conceito de juventude a partir do constante contato com a televisão.
Todavia, esta “cultura televisiva” não parece representar um empoderamento capaz de tornar o aluno autônomo: Mirian comenta que “a relativa uniformidade estética entre os