Resumo ECOLOGIA ORGANIZACIONAL E TEORIA DE REDES
A teoria da ecologia organizacional apresenta importantes considerações acerca da forma como as organizações se comportam perante as mudanças provocadas no ambiente em que estão inseridas, permitindo analisar não só a atuação conjunta das organizações como também o modo como elas respondem às transformações. É uma teoria pouco difundida no Brasil.
A teoria de redes, por sua vez, baseia-se nas relações existentes entre grupos de organizações ou indivíduos, como uma maneira de gerar força competitiva por meio das interações que neles ocorrem.
OBJETIVO DO ARTIGO: analisar a formação dos APLs (Arranjos produtivos locais) de acordo com as teorias da ecologia organizacional e de redes, no intuito de demonstrar como tais teorias podem ser complementares e de proporcionar um melhor entendimento do caráter competitivo e evolutivo das organizações que decidem atuar em alianças.
Introdução
A ecologia organizacional surgiu na década de 1970, com Hannan e Freeman (1977) e seu artigo The population ecology of organizations. Ela veio como uma nova forma de entender a mudança organizacional e os fatores ambientais que a influenciam — condições políticas, econômicas, sociais, ambientais, etc. (POMPEU DOS SANTOS, 2008).
Ao contrário das demais teorias voltadas à ciência organizacional, ela baseia-se na premissa de que é o ambiente quem determina quais organizações sobreviverão ou não, permanecendo aquelas mais adaptadas (CUNHA, 1993).
É o ambiente e não a organização quem determina a eficácia organizacional, tornando-a, assim, uma teoria determinista (LIMA et al., 2006).
Em contrapartida, embora o poder de ação do gestor seja suprimido em alguns aspectos, a utilização dessa teoria traz importantes abordagens que muitas vezes são esquecidas, como a forma pela qual as organizações surgem e morrem; os padrões de evolução das organizações; as limitações dos gestores na tentativa de mantê-las