Resumo dos cap. I e II do livro "História Antiga: testemunhos e modelos" de Moses Finley
O autor começa lançando, segundo ele, uma importante doutrina de visão croceana: “a inteligência da história tem sido enriquecida, desde os gregos até hoje, não porque conhecemos os princípios ou fins dos eventos humanos, mas porque adquirimos uma casuística muito mais rica desses eventos”, ou seja, que o conhecimento tem crescido porque adquirimos pensamento racional acerca do que acontece. Em seguida, levanta a questão se o campo da história antiga tem se transformado nas últimas décadas, citando alguns aspectos que explicam. O primeiro aspecto é o volume de dados (papiros, moedas, textos literários) que aumenta cada vez mais. O segundo é o aprimoramento de técnicas, com maior uso de tecnologia (computador na lexicografia, por exemplo). O terceiro é o fato de os historiadores terem maior “experiência histórica” que seus antecessores, mas não se pode deixar de lado esses predecessores, pois “a visão retrospectiva é uma ferramenta essencial para o historiador”. O quarto é a consequência de acumular essa experiência histórica, causando mudanças nos modelos explicativos, ou seja, com o decorrer do tempo os historiadores usam diferentes modos de explicar o objeto estudado, aumentando cada vez mais a precisão das respostas para suas perguntas. Após isso, é dito que a objetividade não é real, o estudo e a escritura da história são ideologias, carregados de juízo de valor, mas ideologias do tipo não doutrinárias (por exemplo: as que deixaram Trótski ausente da historiografia soviética). E por fim, tentar chegar mais próximo de reconstruir o passado, interpretá-lo é um complexo de perguntas e respostas, sendo papel do historiador fazê-las.
Inicia o segundo capítulo falando que o historiador que trabalha com história antiga tem testemunhos de tipos diferentes, que parecem contraditórios uns aos outros. Cita Momigliano, que fala sobre a distinção entre autoridades originais e