Resumo do texto "A Fé na Ciência"
A discussão acerca da fé na ciência é tema que encerra consideráveis controvérsias, como destacou o editorialista Hélio Schwartsman em sua coluna publicada na Folha de São Paulo, na qual buscou demonstrar os motivos pelos quais a ciência não se confunde com a religião, embora os estudos científicos e os dogmas religiosos tenham similitude na origem da fundamentação de seus ensinamentos, uma vez que tanto as premissas científicas como as religiosas são tidas como auto-evidentes, sem necessidade de comprovação ou demonstração da verdade.
No entanto, afastado este ponto de convergência, a ciência e a fé distanciam-se, pois a religião pode desenvolver-se apenas no plano da lógica, enquanto a ciência deve manifestar-se de forma útil, partindo de fatos concretos para situações generalizadas, abstraindo os fundamentos da lógica e os graus de certeza, transformando, portanto, juízos científicos em provisórias verdades. Neste sentido, é que a ciência e a religião se diferenciam, uma vez que aquela tem por objetivo afastar idéias preestabelecidas, enquanto esta é apenas pautada em dogmas. Diante desta diferenciação, é que a Ciência permite a criação de hipóteses que podem ser submetidas a testes, e, consequentemente, podem ser afastadas através de experiências, possibilitando que até mesmo seus próprios dogmas estejam sujeitos à revisão, o que seria equivalente na área religiosa ao fato de a própria religião negar a presença de Deus em determinadas oportunidades.
Por fim, apesar da existência de alguns religiosos e cientistas extremistas, a ciência possui certa vantagem diante da religião, porquanto possui como subproduto as tecnologias, as quais permitem o avanço nos estudos científicos, proporcionando melhores condições de vida, de desenvolvimento social e de bem estar a toda coletividade, não se limitando à máxime religiosa de que os progressos humanitários e a evolução da história são frutos da vontade divina alcançados pelas orações e