Resumo do Pós Humano e a arte do Cibridismo

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O mundo encontra-se carregado de desarmonia e de guerra, onde ‘seres invisíveis’, deixados ao acaso, são explorados, expulsos, exterminados e levados a um silêncio incompreensível.
Pincéis que somente cultivam a poesia, o culto à beleza e a superficialidade já não conseguem mais se fazer ouvir e enxergar o ser humano, pois o mundo se tornou cego e surdo à voz da cultura. Então, juntamente com a tecnologia digital – que exerce uma influência mundial, modificando o modo como nos expressamos, nos comunicamos, pensamos, percebemos e interagimos –, a arte traduz sentimentos, sensibilidades e forças, de maneiras distintas, formando uma sintonia fortemente expressiva. Essa arte contemporânea conflitante apresenta versões contraditórias de uma mesma história.
Após uma visita à 31ª Bienal de Arte de São Paulo, foi possível notar quão amplo e nostálgico é o sentido que obras exteriorizam. Tomando como exemplo, a obra “sem título” (Figura 1Figura 1) de Éder de Oliveira – artista visual paranaense –, observa-se rostos, em grandes proporções, de homens retratados como criminosos nas páginas policiais dos jornais de Belém do Pará. Através de uma interpretação minuciosa da obra e de sua origem é perceptível a intenção do artista em discutir questões sociais e racistas.
Os retratos reproduzidos expressam fortemente homens condenados pela sociedade que tiveram seus direitos desrespeitados por meio de coberturas foto jornalísticas agressivas. Evidenciamos então o poder que as mídias têm em modificar os fatos e transmiti-los de forma grosseira, impactando a sociedade, a fim de, simplesmente, ter audiência.
Um texto que confirma tais transformações é o de Lucia Santaella (2003, p.156), que diz:
[...] quando surge um novo meio de produção de linguagem e de comunicação, observa-se uma interessante transição: primeiro o novo meio provoca um impacto sobre as formas e meios mais antigos, num segundo momento, o meio e as linguagens que podem nascer dentro dele são tomados pelos

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