Resumo do livro o cortiço capítulo 5
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No dia da chegada de Jerônimo ao cortiço, por volta das sete horas da manhã, para ocupar a casinha alugada na véspera. Ele acompanhado de sua mulher, chamada Piedade de Jesus e sua filhinha. A Machona, como todos daquele lugar estavam curiosos pra saber quem era aquela família que acabara de chegar, eles reparam tudo, desde os móveis que os novos moradores trouxeram, até as roupas que os mesmos vestiam. Três horas depois, Jerônimo e Piedade achavam-se instalados e dispunham-se a comer o almoço, que a mulher preparara o melhor e o mais depressa que pôde. Ele contava aviar até a noite uma infinidade de coisas, para poder começar a trabalhar logo no dia seguinte. Jerônimo viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda pequena, tentar a vida no Brasil, na qualidade de colono de um fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem nunca levantar a cabeça, e de onde afinal se retirou de mãos vazias e uma grande birra pela lavoura brasileira. Para continuar a servir na roça tinha que sujeitar-se a emparelhar com os negros escravos e viver com eles no mesmo meio degradante, encurralado como uma besta, sem aspirações, nem futuro, trabalhando eternamente para outro.
Não quis. Resolveu abandonar de vez semelhante estupor de vida e atirar-se para a Corte, onde, diziam-lhe patrícios, todo o homem bem disposto encontrava furo. E, com efeito, mal chegou, devorado de necessidades e privações, meteu-se a quebrar pedra em uma pedreira, mediante um miserável salário. A sua existência continuava dura e precária; a mulher já então lavava e engomava, mas com pequena freguesia e mal paga. O que os dois faziam chegava-lhes apenas para não morrer de fome e pagar o quarto da estalagem.
Jerônimo, desgostoso de seu trabalho atual, pela morte de seu patrão e pela má administração dos seus sucessores, ouviu a indicação de João Romão, e resolveu procurá-lo. E João Romão, após o desastre com um de seus melhores empregados, procurava alguém como Jerônimo.
Quando Jerônimo