Resumo do livro A Teia da vida
442 palavras
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A primeira parte é composta por um único capítulo, o qual se intitula Ecologia Profunda- Um Novo Paradigma. Neste capítulo o autor expõe, inicialmente, acerca da crise de percepção pela qual passa a ciência e a sociedade e aponta soluções, as quais precisam estar atreladas a uma profunda mudança radical na percepção, no pensamento e nos valores, em uma dimensão política, cultural, social e científica. Segundo o autor, os problemas da época não podem ser compreendidos isoladamente como foi e ainda é proposto por muitos, pois são sistêmicos e estão interligados, sendo interdependentes. Propondo, então, uma mudança de paradigma, a qual, como esperado, não é facilmente aceita, por se tratar de uma visão estranha e inesperada da realidade. Uma mudança do paradigma mecanicista preconizado por Newton e Descartes por uma nova forma de pensar a ciência, a filosofia e mesmo as leis que regem a vida em toda sua complexidade, um novo paradigma. O novo paradigma proposto pelo autor permeia uma visão de mundo holística, a qual concebe o mundo como um todo integrado, e não como uma coleção de partes dissociadas, podendo ainda ser definido e entendido como uma visão ecológica, a qual reconhece a interdependência fundamental de todos os fenômenos e na qual indivíduos e sociedades encaixam-se nos processos cíclicos da natureza e dependem desses processos. Nessa perspectiva, é feita ainda uma abordagem baseada na distinção que Arne Naess faz sobre a ecologia rasa e ecologia profunda. A primeira concebe uma concepção centralizada no ser humano, na qual estes são situados como superiores e exteriores (externos) à natureza, atribuindo a esta apenas um valor instrumental. Já a segunda, vê o mundo como uma rede de fenômenos que em sua essencialidade interconectam-se e são interdependentes. É nessa última que Fritjof baseia-se ao longo do livro para enriquecer e fundamentar sua tese. A ecologia profunda, então reconhece os valores inerentes a todos os seres vivos e concebe os seres