Resumo do livro: Sociologia da Infância
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
NF: IIA
Resumo do livro: Sociologia da Infância
Professora: Enelice Miconi
Matéria: Sociologia: Sociedade e Educação
BELO HORIZONTE
AGOSTO/2013
Capítulo 1 – Teorias sociais da infância
A sociologia redescobre a infância
Jeans Qvortrup observa que as crianças não foram tão ignoradas pela sociologia quanto foram marginalizadas. Isso ocorreu devido à sua posição subordinada nas sociedades e às concepções teóricas de infância e de socialização. Raramente as crianças são vistas de uma forma que contemple o que são, ou seja, com vidas em andamento, necessidades e desejos.
O resurgimento do interesse pela infância é que outras ideias começaram a ser apresentadas transformando as abordagens tradicionais e teóricas sobre as crianças e a infância. Uma razão para isso é que a consideração de sociólogos por outros grupos subordinados chamou a atenção para as vidas infantis. Ao contrário desses grupos, as crianças não têm nenhum representante entre os sociólogos; no entanto, o trabalho de feministas e de acadêmicos sobre as minorias sociais, ao menos indiretamente, chamou a atenção para o abandono das crianças.
Novas formas de conceitualização de crianças na sociologia também decorrem da ascensão de perspectivas teóricas interpretativas e construtivistas na sociologia. Nessas perspectivas, as suposições sobre a gênese de tudo, da amizade aos conhecimentos científicos, são cuidadosamente examinadas como construções sociais, em vez de simplesmente aceitas como consequências biológicas ou fatos sociais evidentes. Isso significa que a infância e todos os objetos sociais são vistos como sendo interpretados, debatidos e definidos nos processos de ação social. Quando aplicadas à sociologia da infância, as perspectivas interpretativas e construtivistas argumentam que as crianças, assim como os adultos, são participantes ativos na construção social da infância e na reprodução