Resumo do Livro IV do Contrato Social (Jean- Jacques Rousseau)
No quarto livro, Rousseau considera que a vontade geral é indestrutível, pois não existem interesses duvidosos, enquanto muitos homens reunidos formam um único corpo, suas vontades se relacionam com a conservação do bem-comum. As vontades individuais podem até ser reconhecidas globalmente, mas não cabem discussões para transformar em lei o que cada um pensa em fazer. Por isso, a vontade geral deve ser constante e inalterável, sendo que cada um aspira para si o bem geral em nome próprio.
Dessa forma, quanto mais a ideias, os pareceres tendem a unanimidade, mais domina e reforça-se a vontade geral. Existe simplesmente uma lei que, por sua natureza, requer consentimento comum, o pacto social, pois é uma associação civil, voluntário e sem coação. Cada cidadão acata todas as leis, mesmo que são aprovadas contra sua vontade, sendo estrangeiros aqueles cidadãos que se opõem a vontade geral. Quando se escolhe uma lei na assembleia do povo, o que se questiona não é se aprova a proposta ou a rejeita, mas se ela é de acordo a vontade geral.
Com relação às eleições para o príncipe e magistrado seriam formadas por dois atos, a saber: escolha e o sorteio. Pelo sorteio, proporcionavam poucas dificuldades numa verdadeira democracia, na qual todos seriam iguais nos costumes, talentos ou na fortuna. No que se refere à escolha combina-se aos postos que requerem apenas bom senso, justiça e integridade.
Com relação aos romanos, antes de tomarem uma praça, intimavam os deuses locais a abandoná-la; e quando deixavam aos tarentinos seus deuses irritados, faziam-no porque olhavam então esses deuses como submetidos aos deles romanos, forçados aqueles a prestar homenagens a estes. Permitiam que os vencidos conservassem os seus deuses, assim como lhes permitiam reger-se por suas próprias leis.
Depois de ter exposto os verdadeiros princípios do direito político, e cuidado de edificar o Estado em suas bases, restaria